Introdução
Quando se fala em tratamentos psiquiátricos e seus efeitos no corpo, raramente a queda de cabelo é um dos primeiros temas a surgir — ainda que, para muitas pessoas, seja fonte de grande desconforto emocional. A medicação quetiapina, amplamente utilizada como antipsicótico atípico e estabilizador de humor, também já foi associada à queda de cabelo em alguns relatos clínicos. Neste artigo, vamos explorar o que a ciência realmente mostra sobre essa associação, quais os mecanismos possíveis, como se dá essa queda, qual a evidência disponível — e como, dentro de um cuidado capilar mais natural, podemos mitigar ou complementar os cuidados ao couro cabeludo.
Nosso olhar será duplo: um lado médico‑científico, com base em estudos publicados, e outro lado de cuidado capilar consciente — onde produtos bem formulados e naturais entram como suporte aliado. Se você está em tratamento com quetiapina ou acompanha alguém que está, este artigo visa trazer clareza, acolhimento e sugestões responsáveis.
O que é a quetiapina e para que ela é usada
A quetiapina é um medicamento classificado como antipsicótico atípico, com diversas indicações, entre elas Esquizofrenia, episódios de mania ou depressão associados ao Transtorno Bipolar, além de usos off‑label para insônia, ansiedade ou agitação em alguns pacientes. Wikipédia+2PubMed+2Como qualquer medicamento psicotrópico, a quetiapina possui um perfil de efeitos colaterais que inclui sonolência, ganho de peso, alterações metabólicas, hipotensão ortostática, entre outros. Wikipédia+1Importante: sempre que se fala em mudança ou interrupção desse tipo de medicamento, a decisão deve ser feita em conjunto com o psiquiatra ou médico que acompanha o caso — nunca por iniciativa própria.
Evidência científica sobre quetiapina e queda de cabelo
1. Relatos de caso e farmacovigilância
A associação entre quetiapina e queda de cabelo não é amplamente estudada em ensaios clínicos grandes — trata‑se sobretudo de casos clínicos isolados e dados de farmacovigilância. Por exemplo:
Um estudo analisou os dados do Intensive Medicines Monitoring Programme (Nova Zelândia) e da base da World Health Organization, encontrando 2 casos relatados de alopecia associados à quetiapina no primeiro banco, e outros 15 relatados internacionalmente. Lippincott+2PubMed+2
Em um estudo de farmacovigilância para países de língua alemã, foi encontrada evidência de que antipsicóticos atípicos — entre eles a quetiapina — podem provocar queda capilar severa em ambiente psiquiátrico. Cambridge University Press & Assessment
Relatos mais recentes incluem um paciente de 37 anos que desenvolveu alopecia após dois meses de uso de quetiapina, e recuperou o cabelo após suspensão. PMC+1
Outro relato em adolescente (16 anos) documentou queda difusa de cabelo três semanas após início da quetiapina, com recuperação após a interrupção. alpha-psychiatry.com
2. Tipos de queda capilar associadas a medicamentos
Para compreender a forma como a quetiapina pode estar envolvida, é útil saber sobre os dois principais tipos de queda de cabelo medicamentos‑induzida:
Efúvio telógeno (Telogen Effluvium, TE): ocorre quando muitos folículos capilares entram prematuramente na fase de repouso (telógeno), resultando em queda difusa de cabelo algumas semanas ou meses após o gatilho. Community The Hospitalist+1
Efúvio anágeno (Anagen Effluvium): afeta a fase de crescimento dos fios (anágena) e geralmente é mais rápido, comum em quimioterápicos. Menos provável com antipsicóticos. Perfect Hair Health
Nos casos relatados com quetiapina, o padrão parece alinhar‑se mais a efúvio telógeno (queda difusa que se resolve com a retirada do agente) — o que sugere que a medicação pode estar alterando o ciclo capilar, mesmo que o mecanismo exato ainda não seja bem definido.
3. Frequência e grau de evidência
A evidência de que quetiapina cause queda de cabelo é fraca, no sentido de que são poucos casos relatados e não há estudos de larga escala que quantifiquem risco ou incidência.
Portanto, não se pode afirmar que “quetiapina causa queda de cabelo em X% dos pacientes”. Trata‑se de uma possibilidade rara, mas real.
Um artigo avaliando medicamentos psicotrópicos indica que os antipsicóticos atípicos (incluindo quetiapina) fazem parte dos agentes associados à queda capilar, mas também reforça que os dados são muito limitados. Community The Hospitalist+1
4. Mecanismos possíveis (mas ainda hipotéticos)
Embora não haja um mecanismo bem estabelecido para quetiapina específica, podemos elaborar hipóteses baseadas no que se sabe sobre queda capilar induzida por medicamentos:
Alteração do ciclo capilar: a medicação pode empurrar os folículos da fase de crescimento para a fase de repouso de forma acelerada (efúvio telógeno). Community The Hospitalist+1
Efeitos metabólicos ou hormonais secundários: antipsicóticos podem alterar peso, lipídios, hormônios tireoidianos ou prolactina, e essas alterações podem indiretamente afetar o cabelo.
Estresse do organismo: a própria condição psiquiátrica, o sedentarismo, má nutrição, estresse e medicação podem convergir para favorecer queda capilar.
Efeito individual: fatores genéticos, nutricionais, estado do couro cabeludo, deficiências de ferro ou vitaminas podem predispor alguns indivíduos a essa reação.
O que isso significa para quem está usando quetiapina
A. Reconhecimento e acompanhamento
Se você está tomando quetiapina, vale observar os seguintes pontos:
Fique atento a uma queda difusa de cabelo (mais fios no travesseiro, ralo geral do topo da cabeça) que aparece semanas ou meses após o início ou alteração da dose da medicação.
Informe ao seu médico psiquiatra ou clínico‑geral se perceber queda de cabelo significativa. É importante que ele avalie outras causas (tiróide, ferro, vitamina D, …) antes de atribuir a quetiapina.
Não interrompa o medicamento por conta própria pois os riscos psiquiátricos podem superar o efeito sobre cabelo. A mudança ou suspensão deve ser feita com orientação médica.
Em muitos casos relatados, a suspensão da medicação levou à recuperação capilar. Exemplo: os relatos mostraram reganho de cabelo após retirada da quetiapina. PMC+1
Avaliação dermatológica pode ajudar a confirmar o tipo de queda capilar (por ex., teste de tração, dermatoscopia, contagem de fios em fase de repouso). Mdedge
B. Outras causas devem sempre ser consideradas
Mesmo que a quetiapina esteja em uso, outros fatores podem ser os verdadeiros ou coadjuvantes da queda de cabelo:
Deficiência de ferro (ferritina baixa)
Alterações da tireoide (hipotireoidismo ou hipertireoidismo)
Estresse psíquico e físico (cirurgia, febre, infecção, mudança hormonal)
Nutrição inadequada ou dietas restritivas
Uso de outros medicamentos que causam queda capilar
Doenças dermatológicas ou autoimunes
Portanto, é sempre um passo acertado realizar exames laboratoriais e consulta dermatológica antes de atribuir automaticamente ao medicamento.
C. Estratégias de manejo e mitigação (em paralelo ao acompanhamento médico)
Mesmo nos casos em que a quetiapina tenha destaque, não significa que a queda de cabelo seja irreversível ou que não se possa atuar de forma ativa. Aqui entra o campo do cuidado capilar consciente.
Nutrição capilar adequada: garantir proteínas suficientes, ferro, zinco, vitaminas do complexo B, vitamina D.
Cuidados com o couro cabeludo: higiene suave, shampoos que fortaleçam o bulbo capilar, couro cabeludo bem oxigenado.
Evitar agressões extras: calor excessivo, penteados muito apertados, uso exagerado de químicas ou descoloração, que podem agravar uma queda já iniciada.
Suporte com fórmulas naturais e botânicas: aqui, como Escriba da Quantic Flora, introduzo uma solução de cuidado que pode auxiliar no fortalecimento capilar e como complemento à abordagem médica (não substitui o tratamento psiquiátrico ou dermatológico).
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Condicionador Antiqueda Fortalecedor: desembaraça, hidrata e reforça a fibra capilar fragilizada.
Fluido Botânico Blend Diurno: sérum leve para uso pela manhã, com extratos naturais que promovem ambiente de crescimento para os fios.
Tônico Capilar Blend Noturno: tratamento noturno, com ativos calmantes para o couro cabeludo e estímulo de ciclo capilar.
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Paciência e realismo: se a queda for de padrão efúvio telógeno, é comum levar 2 a 6 meses para que se note melhora ou recuperação capilar após cessar o gatilho. Mdedge+1
Exemplos de casos clínicos para ilustrar
Em 2007, foi publicado estudo com duas pacientes relatadas pela IMMP e 15 casos no banco da OMS, sugerindo associação entre quetiapina e alopecia. Lippincott+1
Em 2015, um relatório descreveu uma adolescente de 16 anos que desenvolveu queda difusa três semanas após início da quetiapina; após interrupção houve recuperação. alpha-psychiatry.com+1
Em 2023, estudo de caso marroquino de um homem de 37 anos relatou queda após dois meses de quetiapina e recuperação ao interromper a medicação. PMC
Esses exemplos reforçam que, embora raro, o fenômeno existe — e que a surpresa para o paciente vem da escassez de informação prévia.
Conclusão: O que levar para casa
A ligação entre a quetiapina e a queda de cabelo é possível, mas rara — baseada principalmente em relatos de caso e dados de farmacovigilância, sem grandes estudos epidemiológicos até o momento.
Se você estiver em uso de quetiapina e notar queda de cabelo, vale observar, comunicar ao seu médico e investigar causas adicionais antes de tomar qualquer decisão.
Em paralelo, adotar um cuidado capilar consciente, com boas práticas nutricionais, higiene adequada e fórmulas naturais de suporte — como o Super Kit Tesla da Quantic Flora — pode ajudar a fortalecer o couro cabeludo e suportar o período de recuperação.
Nunca interrompa ou modifique o uso de quetiapina sem orientação médica, pois isso pode colocar em risco o controle da condição para a qual ela foi prescrita.
Em muitos casos, cessar o gatilho (medicação ou outro fator) permite recuperação dos fios ao longo de meses — o foco é prognóstico potencialmente positivo, porém paciente.